sexta-feira, 7 de julho de 2017

Formação Introdução à Impressão 3D - Venda do Pinheiro


Alguma vez tem de ser a primeira. No âmbito do plano de formação do Centro de Formação de Escolas Rómulo de Carvalho, dinamizámos a primeira ação de formação inteiramente dedicada à impressão 3D. Já o tínhamos tentado fazer com a APEVT e a ANPRI, mas por razões várias, não foi possível a sua abertura. Calhou então desenvolvermos a primeira ação de formação creditada para professores sobre esta tecnologia naquele que é o mais apropriado dos locais: a escola onde trabalhamos, e onde desenvolvemos o nosso know how e experiência com os alunos.

Esta formação foi desenvolvida no âmbito das atividades do projeto Fab@rts: O 3D nas mãos da Educação, prémio de mérito da Rede de Bibliotecas Escolares.


Dentro do âmbito do CFAERC, confessamos não ter esperado por muitos formandos. Sabemos que o 3D é uma tecnologia muito específica, mesmo sem equacionar a impressora, e conhecemos a dimensão reduzida do concelho. Ficamos surpreendidos pelo número de inscritos ter excedido o limite de formandos que tínhamos colocado, o que nos levou a aumentar a capacidade da formação. Houve algumas desistências de última hora, e no final os dois dias de formação contaram com catorze formandos. Alguns do nosso Agrupamento, a querer conhecer melhor esta tecnologia e a pensar em projetos específicos, outros de outras escolas do concelho, e alguns vindos de fora. O público-alvo pensado para esta ação foi abrangente, não quisemos restringir apenas a docentes ligados às TIC ou às artes. O desafio é perceber como levar esta tecnologia a todos os docentes.

Concebemos esta formação como um misto de conhecimentos técnicos sobre impressão 3D, exploração de pesquisa de conteúdos 3D, modelação utilizando computador e tablet, e processos de trabalho. Sabemos que cada um destes temas, se aprofundado, daria para múltiplas ações de formação. Optámos por condensar, despertando o interesse dos formandos, dando-lhes uma iniciação e materiais de referência que lhes permitam seguir processos de auto-aprendizagem.


 Dentro dos limites apertados de tempo, tentámos dar espaço à descoberta individual e experiências de 3D. A sessão final foi livre, deixando ao critério de cada um que técnica ou aplicação explorar. Poderíamos ter aproveitado para aprofundar algumas questões ou aplicações, mas conhecemos bem a importância de explorar livremente, de acordo com interesses pessoais.



Estruturamos a formação em três eixos: conhecimento técnico sobre impressão 3D, entre o processamento de modelos (correção e validação, remeshing) e o uso e manutenção da impressora; ligação entre o 3D, diferentes áreas disciplinares e biblioteca escolar; aprender a modelar em 3D com diversas aplicações. Foi interessante ver ao longo das sessões a autonomia dos formandos a imprimir ou preparar impressões.


No domínio da modelação, colocámos a ênfase no Tinkercad, pelo seu poder e simplicidade, dando seguimento no tipo de modelação com o 3DC.io. Passámos do PC ao tablet porque sabemos as dificuldades de implementar projetos que requeiram um número elevado de computadores, e hoje os dispositivos móveis são quase omnipresentes entre os alunos. Mostrando que se pode ir mais longe, demonstrámos o Sketchup Make em PC e o Autodesk FormIt em tablets. Aqui, o interessante foi ver formandos da área da Matemática a querer aprender mais sobre Sketchup, porque perceberam que esta aplicação lhes poderia potenciar experiências de aprendizagem na sua área disciplinar.


O grande objetivo foi despertar curiosidade, desmistificar a tecnologia e incentivar a criação com ferramentas de modelação. 


Aqui, a prof.ª Jacqueline Duarte, coordenadora das Bibliotecas Escolares, a abordar as questões de direitos de autor, makerspaces, fablabs, e o seu potencial no domínio das bibliotecas.


O lado mais techie ficou para o professor Artur Coelho (TIC/PTE), encarregue da modelação e impressão 3D. Uma das grandes mais valias das tecnologias digitais é a forma como potenciam a colaboração entre pessoas de diferentes backgrounds. É por isto que optámos por desenvolver estas sessões no espaço do Centro de Recursos Poeta José Fanha. Quebra a estrutura espacial habitual das formações com ferramentas TIC, e sublinha que se um professor consegue desenvolver projetos interessantes, estes tornam-se muito mais interessantes quando se adiciona o saber de outros.

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