sábado, 28 de fevereiro de 2015

Shots


Stor, estamos a tratar do beat. Trabalhar com alunos de cursos CEF não é fácil e, no caso da área das TIC, com o seu quê de ingrato. Alunos a prepararem-se para possíveis futuros como empregados de café ou manicura não estão particularmente receptivos à modelação 3D ou introdução à programação. Depois de no ano passado terem trabalhado o elementar do processamento de texto, folhas de cálculo e apresentações, este ano investi em edição vídeo, desafiando-os a criar anúncios publicitários. Têm estado nisso desde setembro. Pois, leram bem. Estaria a mentir se dissesse que tenho todos estes alunos constantemente motivados e a esforçar-se. Apesar disso, a coisa vai indo e há projectos que prometem muito. Como o deste grupo, que organizou uma mini-festa na sala de aula para criar um spot publicitário a uma bebida não-alcoólica e está agora a trabalhar numa canção em ritmo de rap. Só gostaria que fossem mais constantes no ritmo de trabalho.


Abrir a revista Visão desta semana, dedicada ao futurismo daquela forma simplista e deslumbrada como só o jornalismo de grande tiragem consegue ser. Irresistível pensar nesta fotografia, até porque a bee estava em trabalho de impressão. Um bocadinho desconfiado quando ao simplificar a vida. É que impressão 3D não é atar e pôr ao fumeiro. Dá mais trabalho do que parece.


Vou olhando, apreensivo, enquanto destes alunos do segundo semestre mostram uma aprendizagem rápida de modelação 3D. Será que conseguiremos imprimir alguns destes projectos? Antes de ser impresso, tem de estar bem pensado e modelado, e pelo que tenho visto há bastantes candidatos.


Stor, nós não queríamos fazer o jogo de labirintos. Queríamos mais tipo... sabe, aquele com bolinhas...? Pong? É capaz. Certo, mas programação é algo que percebo pouco. Mostrei-lhes projectos no MIT Scratch, com a opção do ver por dentro para as alunas verem os blocos de comandos que foram utilizados para programar o jogo. Momentos depois, tinham a versão delas pronta no Scratch instalado localmente nos computadores. Como há variações entre o Scratch 2.0 da versão online e o 1.4 da versão local, só estavam com dificuldade em fazer a base seguir o x do rato para tocar e fazer ressaltar a bola. Enfim, ficamos pelas teclas. Gostei de ver o interesse destas e outros em criar jogos complexos naquela que é a segunda aula dedicada ao Scratch neste segundo semestre do oitavo ano. Próxima aula tenho de os desafiar a criar sistemas de pontuação. Com muita ajuda do professor Google, que nisto da introdução à programação sou peixe muito fora de água, Mas não propiciar esta experiência aos alunos seria criminoso.

Sem comentários:

Enviar um comentário