segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Aos tiros



Era inevitável. Quando o eterno pré-adolescente que reside dentro de mim se começa a perguntar e será que se consegue fazer um jogo tipo tiro neles usando o scratch há sempre um aluno que alinha na sanidade duvidosa. Ou dois. Ou três. Este está em variante trabalho em progresso, mas gosto do pormenor da chama sempre que clicamos com o rato para eliminar os sapos ninja.


Quem diz FPS também diz jogo de artilharia. Sabe bem ser levemente anti-pedagógico e puxar pelo lado da violência mediatizada banalizado nos jogos. A minha introdução ao computador foi feita a aniquilar com extremo prejuízo os horrendos alienígenas do clássico Doom. A moto-serra e a caçadeira eram as armas favoritas mas para livrar o meu space marine de apuros nada como a rail gun ou o lança mísseis. Não foi por isso que me tornei um violento psicopata e não será por descarregar energias em modo rapazes serão rapazes com fantasias violentas que as crianças de hoje ficarão insensíveis. Diga-se que os alunos responsáveis por estes projectos de jogos de tiros andaram a cuscar online tutoriais e vídeos para perceber como fazer. Sempre que ouço diatribes sobre a influência perniciosa dos jogos violentos na mente das crianças recordo-me que disseram quase o mesmo sobre um romance de Goethe, reputado inspirador de suicídios de jovens aspirantes a mártires da época romântica.


Pontaria precisa-se, que ideias não faltam.

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